Combater o avanço fascista e a conciliação de classes!

No domingo (08/01), fascistas e demais variações da extrema direita – contando com vasto setor de seguidores de Bolsonaro – promoveram atos de destruição generalizados em Brasília, com ataques às sedes do STF, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, destruindo obras de arte e mobiliário desses prédios. Também há indícios de ações de sabotagem e planejamento de ocupação de refinarias. As ações contaram com a proteção de parte do aparato de segurança do Estado e foram estimuladas por Bolsonaro, lideranças da extrema direita e dos religiosos neopentecostais.

Desde o fim das eleições burguesas, em 2022, assistimos a uma onda de movimentações golpistas no país, com trancamento de rodovias, atos e acampamentos em frente aos quartéis — financiados e com organização logística e política de militares, empresários do agronegócio e de diversos setores da burguesia. Tais intenções golpistas são fruto de uma aguda crise política, econômica e social em vigência internacionalmente.

A chantagem do “mercado” e a paralisia da esquerda

O próximo governo de Lula-Alckmin busca aprovar a chamada PEC da Transição, para mudar o teto de gastos e viabilizar programas como o Bolsa Família, no valor de R$ 600. As mesmas empresas de mídia que apoiaram a Lava Jato, o golpe de 2016 e as reformas antipovo, que abriram caminho a Bolsonaro, já começam a colocar pressão para que o próximo governo não mexa nos lucros que rentistas, agiotas e especuladores tiveram nos últimos anos. Vamos lembrar que esses conglomerados sempre estiveram fechados com as políticas econômicas ultraliberais do “Chicago Boy” Paulo Guedes, assim como os setores do mercado financeiro que já cobram a fatura do novo governo.

Esmagar a extrema direita e combater o liberalismo com luta, ação direta e independência de classe!

O Brasil conheceu no último domingo, 30 de outubro, o novo presidente da República, o qual iniciará seu mandato a partir de janeiro de 2023. Com uma vitória apertada da frente ampla representada pela chapa Lula-Alckmin, o resultado acirrou os ânimos dos apoiadores de cada um dos lados.

Inaugura-se uma nova fase e, por isso, é importante revisitar o que nos levou até aqui para entendermos nossas tarefas como anarquistas neste próximo período.