A máfia do transporte e a tarifa de ônibus

A família Constantino representa perfeitamente a violência e a crueldade do sistema capitalista: além de controlar a terceira maior empresa aérea do Brasil – a Gol Linhas Aéreas -, os Constantino comandam um cartel que abrange boa parte das empresas de ônibus do país, incluindo Bauru e Marília.

Com uma fortuna estimada em mais de US$ 6 bilhões, o clã de Nenê Constantino foi acusado de uma diversidade de crimes: do pagamento de propina para Eduardo Cunha, em troca de benefícios em concessões, até o uso de trabalho escravo em uma fazenda na Bahia. O próprio patriarca da família, hoje com seus 90 anos, foi acusado de ser o mandante de mais de oito assassinatos, incluindo de lideranças comunitárias, sendo condenado, em 2017, a prisão domiciliar por um desses crimes. Seus filhos hoje assumem a administração empresarial, mantendo uma crescente expansão de seu império.

É nesse contexto – em uma rede empresarial marcada por suor e sangue da classe trabalhadora – que as empresas de ônibus exigem o aumento da passagem de ônibus para expandir ainda mais seus lucros. Não é possível aceitar essa situação de cabeça baixa. A tarifa pesa e muito na renda das famílias trabalhadoras do país, muitas vezes consumindo boa parte de seu salário. Enquanto nos esprememos em ônibus lotados – inclusive em momentos de auge da pandemia -, os cofres dos Constantinos e de outras famílias seguem enchendo.

Não esqueçamos o espírito de Junho de 2013 e de todas as outras lutas nas quais o povo mostrou sua revolta contra essa situação e exigiu um transporte público gratuito e de qualidade, saindo às ruas e enfrentando a repressão dos diversos governos de turno.

Nós, anarquistas especifistas, seguimos na luta por uma vida sem catracas!

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